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Navio com 3 mil carros 0km pega fogo há 8 dias no mar e não tem como apagar

Embarcação transporta mais de 3 mil automóveis, entre eles elétricos e híbridos

Por Redação

11/06/2025 - 12:11 h
O navio nomeado Morning Midas, que ia da China para o México
O navio nomeado Morning Midas, que ia da China para o México -

Um navio de carga que transporta automóveis está há oito dias seguidos pegando fogo no Oceano Oacífico, a cerca de 500 quilômetros da costa do Alasca. Na embarcação, há mais de 3 mil automóveis zero quilômetros, a maioria elétricos e híbridos. Para piorar a situação, não há como dar fim ao incêndio.

O navio nomeado Morning Midas, que ia da China para o México segue ardendo à deriva, já praticamente sem condições de ser salvo de um naufrágio dado como inevitável. A embarcação foi abandonada no mar pelos 22 tripulantes, que foram resgatados e não ficaram feridos no incidente. As informações são da coluna 'Histórias do Mar', no UOL.

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O incêndio começou no dia 3 de junho, quando os tripulantes do navio, que mede 180 metros de comprimento e é do tipo próprio para transportar automóveis, detectaram fumaça vindo de um dos seus deques internos onde estavam estacionados os 65 veículos elétricos e outros 681 modelos híbridos de diferentes marcas chinesas.

A tripulação moveu esforços para extinguir o fogo e deter a propagação das chamas, mas não obteve sucesso em debelar o incêndio e o navio foi abandonado no mar, onde segue queimando até agora. Há ainda alguns deques repletos de automóveis que ainda não queimaram.

Navio Morning Midas carregava veículos zero km e enfrenta dificuldade de apagar incêndio
Navio Morning Midas carregava veículos zero km e enfrenta dificuldade de apagar incêndio | Foto: Guarda Costeira Americana

Demora para chegar o socorro

Na última segunda-feira, 9, seis dias após o início do incêndio, chegou ao local o primeiro rebocador acionado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, e com capacidade para lançar jatos de água de encontro ao casco do navio. No entanto, pouco pode fazer a não ser monitorar a movimentação à deriva do navio em chamas.

Há a previsão de outros dois rebocadores do mesmo tipo para chegar nos próximos dias, já que a região onde o navio se encontra é bem distante da costa.

A esperança é que os jatos de água possam controlar o fogo, ou que ele se auto-extingua, o que, no entanto, praticamente ninguém acredita que possa acontecer.

Incêncio teve início no compartimento destinado aos automóveis elétricos
Incêncio teve início no compartimento destinado aos automóveis elétricos | Foto: Guarda Costeira Americana

Origem do incêndio

Casos de incêndio em navios transportadores de carros elétricos tem tornado-se cada vez mais frequente. Nos últimos 10 anos, este foi o 12º caso de incêndio em navios transportadores de automóveis, e o oitavo em apenas cinco envolvendo veículos elétricos.

O incêndio no Morning Midas teve início no compartimento destinado aos automóveis elétricos e, ao que tudo indica, seria consequência das baterias de íons de lítio que equipam aquele tipo de veículo.

Essa taxa incomum de incidentes tem gerado extrema preocupação tanto para as empresas do setor quanto para as seguradoras marítimas, que até já cogitam não aceitar coberturas para o transporte da veículos com baterias de íons de lítio.

Por conter eletrólitos inflamáveis e materiais altamente reativos nas baterias de íon de lítio que equipam os veículos elétricos, há a grande probabilidade de geração de curto circuitos, caso elas não sejam corretamente desativadas durante o transporte.

Baterias de carros elétricos contém materiais altamente reativos que podem gerar curto circuitos
Baterias de carros elétricos contém materiais altamente reativos que podem gerar curto circuitos | Foto: Guarda Costeira Americana

Além disso, as baterias de íons de lítio podem chegar a atingir temperaturas superiores a 2 700 graus Celsius e agir como um acelerador e potencializador das chamas, daí a dificuldade em controlar incêndios desse tipo em navios.

Os serviços especializados no transporte de automóveis até o navio, conhecidos como roll-on/roll-off, que embarcam os veículos rodando, portanto com o motor em movimento, exige que as baterias sejam desconectadas após o processo.

Há suspeitas que nem sempre isso ocorra da maneira correta, o que gera faíscas e curtos-circuitos, posteriormente.

Outro problema são as falhas na fabricação das baterias que as deixem mais vulneráveis a explosões espontâneas, como aconteceu na maioria dos demais casos de incêndio em navios transportadores de carros elétricos nos últimos anos.

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