IBGE
Inflação no Brasil cresce 0,26% em maio; energia de casa puxou alta
A energia residencial ficou em 3,62% e foi influenciada pela bandeira amarela no mês de maio
Por Carla Melo

A inflação do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de maio com uma alta de 0,26%, 0,17 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,43% registrada em abril. O índice mede a alta dos preços do país e foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 10.
No ano, o IPCA acumula alta de 2,75% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,32%, abaixo dos 5,53% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2024, a variação havia sido de 0,46%.
Energia mais cara
O grupo de Combustíveis e Energia puxou a inflação com variação de 2,77%. A energia residencial - uso de eletricidade em residências, apartamentos e condomínios - registrou aumento de 3,62% em maio de 2025. O impacto na alta dos preços foi influenciada pela mudança da bandeira tarifária para amarela no mês.
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De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores de energia elétrica tiveram custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O anúncio ocorreu devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Em Salvador, a alta foi de 4,77% - 1,15p.p maior que o índice nacional.
Tomate, arroz e ovo mais baratos
O grupo de Alimentação, um dos principais, já que compõe a mesa dos brasileiros, registrou o menor impacto para a inflação. No mês de maio, o grupo teve alta de 0,17%. Alimentos que antes apresentavam alta nos supermercados, como o tomate, arroz e ovo, com quedas de -13,52, -4,00, -3,98, respectivamente.
Também houve desaceleração de 0,82% em abril para 0,17% em maio, com a alimentação no domicílio saindo de 0,83% para 0,02%. No lado das altas destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).
A alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,58% em maio, frente ao 0,80% de abril. O subitem refeição acelerou de 0,48% para 0,64% em maio, e o lanche, por sua vez, saiu de 1,38% em para 0,51% em maio.
Em Salvador, a Alimentação ficou em 0,33% em maio de 2025.
Outras altas
Já o grupo de Habitação - que agrega subgrupos como aluguéis, taxas de condomínio, reparos e entre outros itens - registrou alta de 1,19%. O subgrupo Ferragens aparece com maior registo no grupo, com 1,13%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Habitação apresentou a maior variação (1,19%) e maior impacto (0,18 p.p.) no índice de maio, com os demais grupos de produtos e serviços pesquisados apresentando variação entre o 0,54% de Saúde e cuidados pessoais e o 0,05% de Educação. Os grupos Transportes e Artigos de residência registraram variação negativa de 0,37% e 0,27%, respectivamente.
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