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ENTREVISTA EXCLUSIVA

Artistas da Bahia vão poder viajar com despesas pagas pelo governo

Inscrições foram abertas nesta quarta-feira, 11; saiba como participar

Por Júlio Cesar Borges*

11/06/2025 - 6:00 h | Atualizada em 11/06/2025 - 17:00
Valor do apoio financeiro varia
Valor do apoio financeiro varia -

Com um investimento de R$ 5 milhões oriundos do Fundo da Cultura da Bahia (FCBA), a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) acaba de lançar o Edital Mobilidade Cultural 2025/2026. Direcionado a artistas, produtores, grupos e instituições culturais, o edital apoia propostas que visam a realização de atividades fora do estado ou do país, bem como a vinda de especialistas de outras regiões para promover formações na Bahia.

Quando começam as inscrições?

O valor do apoio financeiro varia entre R$ 50 mil a R$ 100 mil. As inscrições foram abertas nesta quarta-feira, 11, e podem ser realizadas até 9 de junho de 2026, através de formulário eletrônico no site da SecultBA.

Quem pode participar?

Com o objetivo de estimular a internacionalização da cultura baiana, o edital destina-se a pessoas físicas a partir de 10 anos de idade e pessoas jurídicas de direito privado com fins lucrativos e atuação na área cultural. O período de execução das propostas deve ser até dia 30 de dezembro de 2026. O apoio financeiro cobre despesas de transporte pessoal e de materiais, alimentação, hospedagem, taxas de inscrição, seguro, material promocional e demais custos relacionados à mobilidade. Não são permitidos gastos com remuneração de equipe técnica ou profissionais.

O edital faz parte do Programa Mobilidade Cultural do Fundo de Cultura do Estado da Bahia e, segundo o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, é uma política essencial para a difusão da cultura baiana e fortalecimento da produção cultural.

Por meio desses recursos, nós apoiamos grupos, artistas e coletivos culturais da Bahia, especialmente para a sua qualificação técnica e profissional em outros países. Isso, com certeza, dá uma contribuição muito grande para os fazeres culturais da Bahia
O secretário Bruno Monteiro
O secretário Bruno Monteiro | Foto: Rafaela Araújo | Ag. A TARDE

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Histórias reais

Instituído no ano de 2012, há vários anos o programa tem contribuído para inserção de produtores baianos no cenário internacional. Em 2024, Antrifo Sanches, atual diretor da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), esteve no Festival Brasil-China: memória, cultura e contemporaneidade, realizado na Universidade de Shangai, na China. O evento, que pretendeu fortalecer os laços culturais entre Brasil e China, foi apoiado pelo edital de Mobilidade Cultural 2023/2024. Os recursos serviram para viabilizar a ida de professores e servidores técnicos da Faculdade de Comunicação, Instituto de Letras e de Belas Artes, Dança, Música e Teatro da UFBA.

Antrifo acredita que só foi possível realizar o festival devido ao incentivo financeiro disponibilizado pela iniciativa do estado. “A existência de um edital de mobilidade é fundamental para o incremento da circulação dos nossos produtos artísticos e de intercâmbios culturais”, defende.

Um ano antes, em 2023, foi a vez de Eliana Fonseca, diretora geral do Instituto de Dança Eliana Fonseca, localizado em Ilhéus, no sul do estado, a levar um corpo de 20 bailarinos para participar do festival Universal Dance, em Córdoba, na Argentina.

Sendo a única escola de dança nordestina a representar o Brasil, a viagem oportunizou a companhia viver um intercâmbio artístico com outros grupos da América Latina, resultando em sete premiações na categoria Master, além do reconhecimento de Melhor Bailarina Latinoamericana para a jovem Lara Vitória Lopes Azevedo.

De acordo Eliana, o edital a ajudou a arcar com cerca de 60% das despesas relacionadas ao transporte dos bailarinos. Assim como Antrifo, ela considera a iniciativa importante para a viabilização de projetos culturais. “É muito importante, pois nosso objetivo é compartilhar experiências, levar um pouco da cultura do Nordeste, além do ballet, dança contemporânea e jazz. Há, também, um intercâmbio. Mostramos o que a Bahia tem para os outros estados e países”, afirma Eliana sobre o edital.

Como devem ser as propostas?

As propostas para o Edital Mobilidade Cultural 2025/2026 devem respeitar o prazo mínimo de 130 dias entre a data de envio e o início da atividade principal. Além disso, todos os projetos aprovados devem prever uma atividade de contrapartida obrigatória na Bahia, em formato presencial e gratuito, direcionada ao compartilhamento da experiência com o público local.

Essa atividade pode ocorrer em espaços culturais sob tutela da SecultBA ou em outros equipamentos públicos e comunitários, e é critério de avaliação no processo seletivo. Uma novidade desta edição é a inclusão da categoria “Formação de Profissionais Baianos com Especialistas Externos”, que viabiliza formações técnicas e artísticas realizadas na Bahia, conduzidas por profissionais de outros estados ou países.

Como será a seleção?

O processo de seleção envolve uma análise prévia das propostas, avaliação técnica e análise de mérito realizada por comissão temática formada por representantes do poder público e da sociedade civil com comprovada experiência cultural. As propostas serão pontuadas com base na adequação ao histórico do proponente, relevância da instituição ou evento envolvido, contribuição para os objetivos do Programa de Mobilidade Cultural da Bahia, viabilidade técnica e pertinência da contrapartida proposta.

Poderão obter pontuação adicional na seleção os proponentes que se autodeclarem pretos, pardos, indígenas, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, mulheres ou residentes fora da Região Metropolitana de Salvador.

O valor global do edital será dividido em dois ciclos de desembolso: R$ 2,5 milhões para propostas com execução prevista até fevereiro de 2026, e R$ 2,5 milhões para propostas com execução entre março e dezembro do mesmo ano. A distribuição dos recursos também considerará critérios de territorialização, com a meta de alcançar propostas dos 27 Territórios de Identidade.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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Fundo da Cultura da Bahia secult

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